SOLIDÃO EM NOITES SERTANEJAS
Na solidão de um quarto, sob o luar do sertão,
Coloco-me a refletir sobre o meu destino sem cor,
Que teima em afastar-me da minha paixão,
E a saudade aperta o coração numa realidade sem flor.
A cada manhã me desperto sem sua presença,
Sentindo falta de um pedaço de mim sem o seu calor.
Sobrevivo agarrando-me a doce essência,
Que sua lembrança traz, atenuando a minha dor.
Contemplando o som das noites sertanejas coloco-me a dormir,
E reconforto-me ao sonhar com sua beleza singular,
Que faz brotar em meu peito, o amor, num doce sentir,
Apreciando, abstratamente, nós dois na varanda do nosso lar.
A sua beleza, que trago na memória, me traz esperança,
E sonho com aquela que meu coração almeja.
Assim, desejo a sua presença e o fim de minhas andanças,
E junto à mulher amada, viver a realidade que meu coração deseja.