SOLIDÃO EM NOITES SERTANEJAS

Na solidão de um quarto, sob o luar do sertão,

Coloco-me a refletir sobre o meu destino sem cor,

Que teima em afastar-me da minha paixão,

E a saudade aperta o coração numa realidade sem flor.

A cada manhã me desperto sem sua presença,

Sentindo falta de um pedaço de mim sem o seu calor.

Sobrevivo agarrando-me a doce essência,

Que sua lembrança traz, atenuando a minha dor.

Contemplando o som das noites sertanejas coloco-me a dormir,

E reconforto-me ao sonhar com sua beleza singular,

Que faz brotar em meu peito, o amor, num doce sentir,

Apreciando, abstratamente, nós dois na varanda do nosso lar.

A sua beleza, que trago na memória, me traz esperança,

E sonho com aquela que meu coração almeja.

Assim, desejo a sua presença e o fim de minhas andanças,

E junto à mulher amada, viver a realidade que meu coração deseja.

Vicente Mércio
Enviado por Vicente Mércio em 14/06/2015
Código do texto: T5277312
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