A minha casa.

Olha a minha casa!

Tão linda e aconchegante.

Aqui faço minhas preces.

Preces que espantam a desgraça.

Desgraça de ser pobre.

Aqui se come o que se tem.

E quando pode.

Branca calhada por fora.

Entre os espinhos da caatinga.

Seu telhado com furos minúsculos.

Recebe a chuva fria que esfria.

O fogão ainda de lenha luta.

Perde! Vêm os farrapos no socorro.

Mas o que aquece é o corpo a corpo.

Dormimos todos juntinhos.

Olha a minha casa!

Linda e cheia de amor.

Minha sim:

Já paguei o aluguel ao meu senhor...

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jaeder wiler
Enviado por jaeder wiler em 14/06/2007
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