A minha casa.
Olha a minha casa!
Tão linda e aconchegante.
Aqui faço minhas preces.
Preces que espantam a desgraça.
Desgraça de ser pobre.
Aqui se come o que se tem.
E quando pode.
Branca calhada por fora.
Entre os espinhos da caatinga.
Seu telhado com furos minúsculos.
Recebe a chuva fria que esfria.
O fogão ainda de lenha luta.
Perde! Vêm os farrapos no socorro.
Mas o que aquece é o corpo a corpo.
Dormimos todos juntinhos.
Olha a minha casa!
Linda e cheia de amor.
Minha sim:
Já paguei o aluguel ao meu senhor...
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