De volta ao cais
De novo retorno ao cais
De onde parti em viagem
Trago histórias demais
Custou caro a passagem
Na alma tenho sinais
Eles são minha bagagem.
Não trago prata nem ouro
Não achei especiaria
Não ganhei coroa de louro
Mas vi muita judiaria
Briga de cristão com mouro
Se acusando de heresia.
O que eu trago de valor
É o bem que eu vi por aí
Fazendo frente ao horror
Tinha a leveza de um colibri
Era sua força para se impor
Em histórias que não esqueci.
Hoje choro com o injustiçado
E rio com quem lhe protege
Eu amparo o corpo vergado
Seja de santo ou de herege
Pra que o amor seja louvado
Ele é a lei que tudo rege.