Sem Asas, Os Pés Voam.
Ali estava caída,
Sem forças,
A esperança voou,
Para onde?
Não sabia o caminho de volta,
Estava fraca,
Suas asas não sabiam mais voar,
Uma brisa leve,
Tocou sua face,
Alguns pingos de chuva,
Umedeceram seus lábios.
Diante da dor,
Um suspiro de felicidade,
Estava só,
Mas agora confiante.
O Abismo imenso próximo,
Não a assustara mais,
Debruçou-se sobre si mesma.
E com uma força que ainda não conhecia,
Pôs-se de pé.
Não podia mais voar,
Pois já não tinha asas,
Mas aprendeu a caminhar,
Com a força de quem vence suas limitações,
E como quem caminha nas nuvens,
Vagarosamente começou a caminhar,
E uma luz intensa guiou seus passos,
E para o infinito distante
Pôs-se a vagar.
Em algum lugar do paraíso,
Ainda irás descansar,
Pois teus olhos mansos que nada veem
Sabem o caminho certo,
Da tua felicidade.