Romanescos

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Romanescos

Construímos singular triunvirato:

você, o amor e eu.

Os triúnviros, somos pontuais.

Dividimos o império da honra;

renovamos a virtude do perdão...

E pecamos, em razão do temor.

Lépido pactuou com Astúcia.

Astuto pediu o olhar de Fausto.

Todos atirados no promontório da desilusão.

Nenhum vestígio há;

suicidas, suicídios majestosos.

O amor nos imperializou

e nos tornamos províncias.

Desertamos,

descuido político ostensivo.

O prazer mundano prevalece.

Para que discutir o amor?

Estamos irrequietos, decadentes.

Morrem os melhores homens.

Multiplicam-se as contradições.

Diante do inevitável caos,

a mudança.

Surge novo triunvirado:

entre mim, o amor e você.

Nijair Araújo Pinto

Crato-CE, 16 de maio de 2015.

15h41min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 16/05/2015
Reeditado em 06/06/2015
Código do texto: T5244008
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