Majestade

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Majestade

Nos contos de fada,

em todos os castelos que vi,

existiam deusas loiras...

E vassalos atrevidos

que sofreram nas masmorras,

levando açoites,

buscando o véu do aposento.

Da janela,

altiva e imponente,

a doce e virgem princesa,

sonda o som do próprio coração.

E do pátio,

átrio acimentado de ilusão,

surge o som da verdade,

inflamando a comunhão.

Havia abismos e portas...

Olhares, só pelas frestas.

Buscas e sorrisos e discrição.

A saudade da noite;

a ausência do trabalho plebeu;

o desejo escuro do breu...

E um céu por testemunha.

Nas páginas dos contos,

empoeiradas pelo tempo,

soprei...

Surgiu um sorriso ardente,

esplendorosamente real.

Um olhar singelo e meigo e fatal.

Um corpo pleno de magia divinal.

Um coração pulsante, quente.

Migrando e passeando,

entre o 'Era uma vez'

e o 'Felizes para sempre'.

Nijair Araújo Pinto

Crato-CE, 10 de maio de 2015.

22h45min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 10/05/2015
Código do texto: T5237614
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