CIGANA

CIGANA

Minha alma te desperta desejos

Nunca imaginados, fagueiros.

Como o sol que avança,

Atravesso as estações,

Sem pedir licença.

Mantenho como uma pintura,

A primavera com seus encantos.

Espetáculo das dormideiras

E dos salgueiros soltos ao vento.

Sobreviventes aos vis lanhos.

Revoadas... passarinhos em orquestra

E a presença dos estranhos mochos.

Flores salpicando a paisagem,

Dos ipês amarelos e roxos.

O tapete verde jogado á beira do lago,

a espera dos cervos... lindas galhadas.

O sabor das frutas silvestres,

Ainda não experimentadas.

Teus olhos de pessoa comum

E o teu coração sem nobreza,

Não conseguem alcançar tanta beleza,

A minha essência, sou uma cigana,

Meu nome é natureza!

Tânia Mara Camargo
Enviado por Tânia Mara Camargo em 12/06/2007
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