PRISIONEIRO DESTE MUNDO

Sinto-me prisioneiro deste mundo,

Agrilhoado ao meu destino,

Vivo esfomeado, sujo e imundo,

Sem agasalhos e com frio.

Não sei porque nasci, aqui estou,

À espera dum milagre,

Que tarda e ainda não chegou,

Meu coração arde.

A pena que tenho de cumprir,

Foi-me imposta quando nasci,

É de muito sofrimento,

Não mereço tal tormento.

De nada serve eu reclamar,

Ninguém me escuta,

É tudo só para me torturar,

Minha vida é obscura.

Nem com versos de contestação,

Consigo transmitir

O que sinto com muita emoção,

Não penso desistir.

Deixarei de ser prisioneiro,

Quando Deus me resgatar

E me levar pra um palheiro,

Em que consiga repousar.

Ruy Serrano - 08.05.2015

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 07/05/2015
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