Pérola
Ontem queria desabar
Não, queria te ver
Não, queria te enforcar
Hoje não quero nem saber
Te escrevi uma carta
Com todos exageros
Com todos os apelos
Só pra te machucar
Mas não tome ao pé da letra
Não é nenhuma biografia
Que dilacera toda carne
Expondo vísceras
Como vai ser agora?
Hoje como está o mar?
Não, como está o sol?
Não, como está o sal?
Me deixe ver a sua cor
Ergui um castelo
Com torres fortes
Mas pra minha sorte
A onda veio e levou
Mas não leve em consideração
É um tipo de fantasia
Que expressa meias-verdades
De poucas delas
Como vai ser agora?
Antes de ser grão de areia
A fonte o que era?
Quanto tempo vai levar a ostra
Pra produzir pérola?
Como vai ser agora?