NÃO ABDICO DE SONHAR
Sinto os dias cada vez mais pesados,
Aparecem e desaparecem de repente,
Deixam-me tristes imagens de acções
De violência e crueldade, indecentes.
Não posso evitar os muitos assédios
Que tenho de mulheres, tentações
Frustradas; são ofertas e negações,
Duma vida cheia de vazios e tédios.
Desejo primário que assim ressuscito,
Criando poemas do meu bom agrado,
De momentos vividos no meu passado,
E que guardei todo este tempo comigo.
Assim sou feliz, não abdico de sonhar
Como antes, sonhos que se mantêm
Por toda a vida, enquanto amanhecer,
Todos os dias, com o meu mui querer.
Ruy Serrano - 27.04.2015