QUEIMADA INERME

Na existência do próprio ser,

Realizando um longo percurso,

Ondulante como as ondas do mar,

Ordenando o horror da fuga

Com uma fixidez quase noturna,

Capaz de ir acima do além,

Para sentir os gemidos dos galhos,

No meio do cerrado triste,

Após uma queimada inerme,

Em que o sonho era sereno,

Mas se desfez em apenas um olhar.

A nudez despida de quase tudo.

O nada ausente em extinção

Mergulhando em pleno ímpeto

Da mais perfeita união

Dos elos perdidos

No meio da imensidão,

Quase tudo flutua

Naquela face translúcida de emoção.

• Poesia publicada em 1999 no livro: “Êxtase de Dor”.

• Abraços a todos que visitam meu canto no Recanto. Que Deus ilumine cada passo de todos vocês!

• Aires José Pereira

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 22/04/2015
Código do texto: T5216078
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