UM ADEUS ATÉ QUANDO?
Um adeus, até quando, minha dúvida,
Quantas madrugadas e muitas noites
Irão passar até te reencontrar, penar
O meu, mar de lágrimas, eu a pensar
Em ti, em sonhos perdidos no escuro
Do meu quarto, esmoreço de maduro.
Um adeus, até quando, tu não dizes,
Nem confessas o que sentes por mim,
Eu a passar por dores a pensar em ti,
Numa vida que me foge com o tempo,
Veloz e redutora, breve é o momento.
Em que tudo findará e será perpétuo.
Um adeus, até quando, o calendário
Não marca o dia que será tão breve
Como foi a minha vida, num estertor
De urgência e sem piedade, só serve
Para abreviar o tempo que me foge,
O adeus será o último e muito breve.
Ruy Serrano - 07.04.2015