Harmonia quase perfeita

Foi num momento de fúria

que Pai Francisco

quebrou seu violão.

Cansou-se da injúria,

assumiu o risco

e fez revolução.

Perdeu muitas batalhas.

E, no fim da guerra,

chorou. E só poderia chorar.

Depois, reuniu suas tralhas

e encontrou, por sorte, um pedaço de terra.

Plantou, porque foi preciso plantar.

O tempo passou bastante sofrido e sem pressa.

A colheita, bem feita,

deu numa baita provisão.

E Pai Francisco, ora essa,

agora, com harmonia quase perfeita,

também toca a gaita, além do violão.

2015

Observação: A poetisa Marli Caldeira Melris presenteou-me com uma divertida interação.

Para saber mais, acesse a página da autora, e procure por "Pai Francisco"... Tem até imagem.