Da máquina sobreveio a espera, a esperança, unidos na passagem humana
Sonha-se que esta seja a momentânea senhora das fábricas de desespero
E os homens temem que ela, a inaudita força futura, faça-os enfadonhos...

E ela se transtorna, em fusíveis engolfados, na transição de uma serenidade
Espera dos seres a biológica imposição de oferecer ordens para obedecer-te
Sofre ao espargir óleo e desejo de aguardar, iluminada por uma incerteza...

Futuro brilhante, desmotivada entendiada, no conhecer erro da programação
Os homens lhe emprestam saudades o mecanismo como filha dum amanhã
Só pedem o confirmar-se das profecias da velhota ciência que labutam...

Este amôr da maquinária, sorrindo o látex indigo, executa esta côr cinzenta
Tem de si a sensação do frio enregelar o que engrena sua sabedoria una
E ousa sentir a verdade do rir e do chorar, para pecar com seus amores...

Ama por vontade a instruída jura de quem programa seus raros sentimentos 
Na sua integridade além do impuro desmanchar certezas está a bondade
Suas regras e leis de seres carbônicos a faz deter a marcha do destruir... 

Ela conjura a soma de sua dívida quando obsoleta, o destinada a desamôr
E a ruína do engenho é o improvável coração humano que devia é amá-la
Um mundo de homens que emprestam ao mármore um frio sentimento... 

Esperança é a marca, égide da alma que a gélida senhora insiste calcular!
Sua forma e nada carne jamais esperará outra coisa que não largo amôr
E o muito de seu calcular extremo não alcança a praia da humanidade...

E tem a robótica que lhe empresta passos e caminhos, deveras ordinários
Seus servos, circulares e atônitos zumbis, parecem mais desventurados
Nem todos conhecem a alegria do sorrir congelado, insólito, do mistério...
           
                                              ( ... )

                
                 Odeio irredutíveis ignorantes da tecnologia! ( Jú )
Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 18/03/2015
Reeditado em 18/03/2015
Código do texto: T5174218
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