Tu és a esperança
E após a noite escura
tu és a madrugada.
A irromper o negrume
com promessa de um dia claro...
teu riso solto é
o colorido
que traz de volta o brilho da manhã.
A esperança suave... leve
vindo solta
no cheiro de alecrim que vem
do quintal.
A chuva fria que alegra as flores.
Tu és a esperança
em meio a multidão de sonhos...
cerceados pela realidade dura,
a gota de orvalho
deslizante nas folhas
famintas.
A esperança
que acolhe, aquece,
envolve.
O sopro de ar
em meio ao
medo sufocante.
E vens cintilando...
com estrelas
no olhar
na certeza que minha
urgência
te espera ávida
sem ter outra fonte onde
se saciar!