Onde tem o céu?

Olhamos defronte ao império,

Rumando ao nosso coração,

Fosse o melhor em mistério,

Prestando a menor atenção.

Fomos largados ao horizonte,

Como fosse o doce do céu,

Sou apenas um par eucarionte,

Do qual precipício véu.

Olho adiante pela janela,

Eu vi a aura mais doce,

Como fosse a mais bela,

Deste coração assim fosse.

Olhos ao horizonte caindo,

Você está ao espaço,

Como fosse o véu indo,

Você pegou-me no laço.

Hoje vou pela estratosfera,

Limite de quem o lateja,

Um sorriso para a nova fera,

Sorrindo lábios que viceja.

Hoje vou sem ninguém,

Apenas quero o anteposto,

Fosse fazer o mal e o bem,

Jovem jogado ao entrecosto.

Jovem viu a minha alvorada,

Parecia calar pela rente,

Fosse a mais bela madrugada,

Honrada vez, bem diferente.

Sou o palácio da imensidão,

Moro na cada casa de palafita,

Tentando inutilmente a visão,

Hoje é a palavra que o cita.

Cai-me dentro de um poço,

Vejo o céu como uma salvação,

Quão o sentindo eu posso,

Sob sobre sentidos são realização.

Jovem, ainda já sou velhinho,

Como o ar da floresta me arrebata,

Sou o velho ar do pergaminho,

Fugindo pela alta mata.

Correndo do medo tão cedo,

Olho o polvilho o céu estendendo,

Quando falar com o que entendo,

Diga o que viu no arvoredo.

Olho cintilante o meu lugar,

Ela é lá que vim preciso,

Olhando bruscamente ajudar,

Hoje o amor é impreciso.

Amo o céu como um doce,

Feito da alegria penetrante,

Quero ver o meu ser agridoce,

Covalente batalha consignante.

Já vi gente morta voltar,

Parece um lindo desafiante,

Quero com alegria aqui estar,

Ver o presente tão instigante.

Olho a padaria da invenção,

Corante de mel açúcar adoçar,

Hoje vejo o coração em emoção,

Quero saber o significado de amar.

Jovem eu fui velhinho já estou,

Hoje não valerei tanto assim,

Como sei que no céu já fincou,

Apenas amar como um querubim.

Volta a atestar a tua fidelidade,

Cheia de amor pela ação,

Hoje estarei na eternidade,

Propondo uma boa canção.

Vês que não o minto,

Somente o que mais acredito,

Falo tudo o que sinto,

Sou cidadão do dito por dito.

Olha a hora e partir,

Não sei chorar ou conduzir,

A rima está a me contrair,

Copo de janela a induzir.

Hoje já estou a catabolizar,

A semente do amor celeste,

Hoje não quero mais calar,

Sei o que de mim fizeste.

Calado e em sentindo oposto,

Sou o diamante mais poderoso,

Vou ao céu com o meu desgosto,

Sei que o céu é o meu amoroso.

Vivo a vida a se crer plenamente,

Calo a mente fiel excedente,

Como um arbusto arvorecente,

Jovem viu o coração coletivamente.

Ganhamos a batalha da vida,

Hoje fizemos o impossível,

Pela menor dor combalida,

Sou o meio do coração possível.

Quão a vida é linda e maravilhosa,

Por uma fragata a encravilhar,

Você levou-me sono de rosa,

Agora sei que no céu vou estar.

Olhei a semente da vitória,

Clamando virar notória,

Página virada da história,

Hoje tenho a escapatória.

Vou-me acordando do sonho,

Por mais triste e estranho,

Quão a luz do meu risonho,

Homem de um sonho tamanho.

Não tenha medo de acertar,

Quão mais teu pai e mãe a cantar.

Anderson C. D. de Oliveira – 04/03/2015

Gumer Navarro
Enviado por Gumer Navarro em 04/03/2015
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