Nuvens

Se te dou nuvens abertas

Não te dou formas certas

Ao menos um verão claro

Na mesa um relicário

Na sala sou refratário

E no céu, só o imaginário.

São só nuvens esparsas

Sozinhas...

São formas ingratas

Vazias...

Se tem a mão

Tão logo sem solidão

Se tem exatidão

Nuvem vira verão

Engaja formas de imaginação

À vitória da arte sobre a guerra

Aos meus bons tempos sobre a Terra

Vai vivendo uma nova era

Vai dizer que não era você, era?

Aos olhos da cidade, espera!

Sábios tempos de rua

Carne nova e crua

Afagando doenças viciosas

Achando que eram boas prosas

Só nuvens medrosas...

Gustavo Martins Pistoresi
Enviado por Gustavo Martins Pistoresi em 04/06/2007
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