Nuvens
Se te dou nuvens abertas
Não te dou formas certas
Ao menos um verão claro
Na mesa um relicário
Na sala sou refratário
E no céu, só o imaginário.
São só nuvens esparsas
Sozinhas...
São formas ingratas
Vazias...
Se tem a mão
Tão logo sem solidão
Se tem exatidão
Nuvem vira verão
Engaja formas de imaginação
À vitória da arte sobre a guerra
Aos meus bons tempos sobre a Terra
Vai vivendo uma nova era
Vai dizer que não era você, era?
Aos olhos da cidade, espera!
Sábios tempos de rua
Carne nova e crua
Afagando doenças viciosas
Achando que eram boas prosas
Só nuvens medrosas...