Visto a Ti, Cobre-me

O susto deu asas ao surto,
Que libertou o fantasma tinhoso
Estranho, lenhoso, humoso
Às vezes comprido, às vezes curto

Tantas vezes em fogaréu e matracas
Outras, coberto de muito gelo e fel
E me desconstruo em favos de mel
Sem orgulho, sem coragem fico fraca

Esmoreço meus contorcionismos
De sublimação e enquadramento
Quero seu padrão e discernimento
E que se entregue ao meu abismo

Assim ao caímos num só precipício
Passamos a novos planos inteiros,
Ou como alquebrados companheiros
Vestimos a fantasia de nosso vício...

In: ' Visto a Ti, Cobre-me' poema de Ibernise
Barcelos (Portugal), 17JAN2015
Ibernise
Enviado por Ibernise em 18/01/2015
Código do texto: T5105558
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