Quase sem medo

Levar tábua

Um não da namorada

Enfrentar a gozação

O tempo passou

Eu cresci

O medo mudou

Não conseguir emprego

Ficar sem dinheiro

Não ter profissão

O tempo passou

Eu cresci

O medo mudou

Imaginar um filho sofrendo

Não ter condições da casa prover

A família perecer

O tempo passou

Eu cresci

O medo mudou

A velhice chegou

Dores e doenças, o corpo reclama

Remédios, convênio, o que pode faltar?

O tempo passou

Eu cresci

O medo mudou

E agora?

Acho que agora estou “quase” sem medo

Somente agora, bem em cima da hora

Já sem vida aprendendo: basta apenas “viver”

Me aproveitar de tudo do ontem e do amanhã

Mas somente para o “agora”, intensamente viver

João Azeredo
Enviado por João Azeredo em 13/01/2015
Reeditado em 13/01/2015
Código do texto: T5100478
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