A VOZ

A VOZ

É preciso escutar a voz que grita

E clama num deserto sombrio e triste

E de repente, parte no escuro, sem destino

seguindo apenas o desatino.

E aos lábios, sedenta, eleva seu sussurro:

é talvez a voz lacrimejante do vento

soprando aos ouvidos dos insensatos

pela entreaberta e úmida escuridão das coisas.

E se desperta dos sonhos ilusórios

Quase sem força canta para os imperfeitos

a canção do amor eterno.

Como se encontrasse finalmente as raízes

Que antes abandonada, na infância perdida

Ora se prende num leve sopro de esperança

Luiza de Marilac
Enviado por Luiza de Marilac em 29/11/2014
Código do texto: T5052310
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