Esperança queixosa
Minha pele queimando pelo calor do sol eu grito por ti, oh mar.
E, até dezembro chegar... Longe de ti, não sei que posso fazer.
E te peço: atravessa, rapidamente, os tempos e vem me consolar,
Deste calor primaveril, que só sabe fazer minha pele secar e arder.
Meu corpo queima e dói, nesta tarde ardente, oh amoroso mar!
Neste sofrimento, oh mar! De ti só tenho a visagem da imaginação
De te ver ao longe, balançando-se como o amado que me vem beijar
O corpo que no calor ardente, sonha contigo a apagar minha solidão.
E, enquanto dezembro não chega e eu possa te encontrar, choro a ti
Que longes estás e, não podes com tuas águas a minha angustia amenar.
Mas, quando este dia chegar, oh mar! Será somente prazer e a ti sorrir
No teu balanço de sol e água, de vento e lua..., nas tuas suaves ondas, mar.
Ah, como gosto do mar! Ele é meu brinquedo de verão, meu gentil enlevo
Que não há outro igual, para no calor do verão, meu corpo e o coração afagar.
De um jeito tão meu, que enquanto ele não chega, o meu peito é só dor e ensejo
Que vai se transmutar em prazer e alegria quando em dezembro no mar eu chegar.