MUITO A VIVER

ANDO COM UM TREM

AGARRADO NA GARGANTA.

TALVEZ SEJA ANGÚSTIA,

QUIÇÁ MEDO,

DESSE LADO SOLITÁRIO DA RUA

EM QUE MORA A RIMA EM SEGREDO.

SOLTO A PENA NO PAPEL

EM QUE O VERSO VOA LIVRE,

ESCAPANDO DO SILÊNCIO DO DEGREDO.

FOCO NUM RAIO DE SOL,

NUMA PÉTALA DESPEDAÇADA,

NUM PEQUENO INSETO ALÇANDO VOO.

FOCO EM PEQUENINOS DETALHES

PORQUE A VIDA É BASTANTE ABSOLUTA.

E MINHAS PALAVRAS NÃO SEJAM SUFICIENTEMENTE OUVIDAS.

ANDO SÓ PELO LADO ESCURO DA RUA,

ONDE NEM MINHA SOMBRA DIVISO.

ANDO EM DÓ

NA CIRANDA DO DIA.

PERCORRO A ESCALA DAS NOTAS

ENQUANTO SOL E LUA

BRINCAM DE ME PERCORRER.

ANDO SÓ PELA VIDA

COM TANTO DE MUITO A VIVER...

MARIO WERNECK
Enviado por MARIO WERNECK em 04/10/2014
Código do texto: T4987260
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