Chuva
O céu azul se fecha e nuvens cinzas tiram a vida celestial
No dia, o Sol desaparece; à noite outras estrelas deixam de existir.
Chacoalhões que remetem às Valquírias.
Tambores desesperados anunciando as lágrimas que estão para cair.
Cai a primeira... todas as outras desejando o mesmo alívio
limpam o ar, trazem o cheiro e um frescor misturado com a poluição
As árvores ficam mais verdes e o canto dos pássaros se calam,
no silêncio incessante do xilofone.
O vento sopra, faz dançar os toldos, a copa das árvores, os papeis jogados na rua
limpa o ar, renova o oxigênio antes quase intragável de CO2
faz mexer, ainda que as coisas não queiram isso...
mais fácil seria se não resistissem...
Caíram todas agora. Céu limpo, aberto. Não há formas nas nuvens.
Vazio. Um vazio repleto de muitas coisas, mas nada a ser visto.
Mas... como é bom não enxergar nada um pouco, deixar a mente limpa, vazia.
Essa tempestade mexeu e agora já se foi e o ar que respiro é novo... leve.