NOITE DE INSÔNIA
Era uma noite prateada e fria
E enquanto a lua chispava estrelas
No silêncio do meu quarto
Minh’alma estava vazia.
E nessa noite insone e fria
Olho as horas que vão crescendo
Meus olhos se contorcem buscando
O sono que no sonho vai viajando.
Ao longe um rouxinol cantava
Um canto triste e dolorido
Depois voava... voava...
Em busca do amor perdido.
Rouxinol tem alma de gente...
Mas gente não é certamente
E seu canto é um choro de pranto
Que vai sumindo como um quebranto.
Enquanto aquela voz se apagava
A noite me esperava impaciente
E minh’alma com a do rouxinol viajava
Pulsando com o sangue numa artéria ardente.
Mas a noite insone é tão longa e fria
Crava-me de dúvidas e perguntas até amanhecer...
Desnudando o sono da minh’alma vazia
Até que cheguem as respostas que me irão adormecer.
By@ Anna D’Castro