Minhas velas, minha âncora
Conquistei meus modestos sonhos
Como prova de que a dor a tudo move
Venci as barreiras, lutei contra moinhos, defendi-me:
Restaurei minhas perdidas esperanças!
Resgatei minhas velas, minha âncora
Que sobreviveram ao bravio mar...
- Tantas dores! Adormeci-as, uma a uma!
Mergulhei profundas águas e, purificada, emergi!
Sorvi meu vinho, calcei a luva
Os meus escudos, as minhas armas
Dependurei-os na parede...
Sobem-me aos lábios preces de graças...
Meu coração jubila-se, liberto...
Olho minhas mãos antes vazias, agora plenas de vida nova!