Deus e eu na coxia
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No meu palco cabem muitos
que me ajudam a compor,
as coisas que eu penso,
do quê tu pensas, o amor.
Eu sou tinta esfumaçada,
tu a chama que mantém,
no velho palco, um menino,
que da plateia advém!
Da plateia, minha aquarela,
de lá Supremo me tirou,
dizendo é tua hora,
teu novo ato começou!
No meu palco cabem muitos,
que me ajudam a sonhar,
os sonhos que eu deixo,
minha vida encaminhar!
Quando a peça boa acaba,
torna triste o sonhar,
por detrás de uma coxia,
um menino a pensar ... !
... Quantas plateias eu terei,
que na vida encarar,
a procura de meninos,
meus caminhos ocupar!
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