EXÍLIO NO SERTÃO
O meu coração se deteriora em meio à dor,
Fazendo o meu ser se dissipar na solidão.
Condenado a peregrinar sem a presença do amor,
Caminhando triste pelas estradas do sertão.
O destino se mostra como um algoz cruel,
Torturando um coração apaixonado,
Que vive uma existência amarga como o fel.
Vagando no horizonte, triste e desnorteado.
As andanças tortuosas tiram da face do poeta a cor.
Fazendo-o cada vez mais distante da felicidade,
E subvivendo aos tristes dias cinza sem amor.
Semelhante à poeira agreste, o poeta sustenta desnutrida
Esperança, de um dia viver a totalidade do amor inconteste.
E enfim, caminhar de mãos dadas com a felicidade da vida.