EXÍLIO NO SERTÃO

O meu coração se deteriora em meio à dor,

Fazendo o meu ser se dissipar na solidão.

Condenado a peregrinar sem a presença do amor,

Caminhando triste pelas estradas do sertão.

O destino se mostra como um algoz cruel,

Torturando um coração apaixonado,

Que vive uma existência amarga como o fel.

Vagando no horizonte, triste e desnorteado.

As andanças tortuosas tiram da face do poeta a cor.

Fazendo-o cada vez mais distante da felicidade,

E subvivendo aos tristes dias cinza sem amor.

Semelhante à poeira agreste, o poeta sustenta desnutrida

Esperança, de um dia viver a totalidade do amor inconteste.

E enfim, caminhar de mãos dadas com a felicidade da vida.

Vicente Mércio
Enviado por Vicente Mércio em 28/08/2014
Código do texto: T4940967
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