A DOR DE MIM.
Acórdãos da melodia,
viajo na fantasia,
me invade a euforia,
nesta vida vazia.
Varro todo o mundo,
com um olhar profundo,
busco o amor infecundo,
volto a realidade num segundo.
Sinto grande tristeza,
apesar de toda beleza,
encontrada na natureza.
Parece rota sem fim,
me aperta o coração assim,
a imensa dor de mim.
Quem olha não percebe,
a angustia que me segue.
O coração já não agüenta,
não suporta tanta tormenta.
Como é duro viver,
tantas pessoas conhecer,
à tarde, noite e amanhecer,
Sinto a vida ao redor,
o caminho sei de cor,
mesmo estando na pior.
Não posso permitir,
deixar o astral cair,
preciso dessa sair,
seria crime sucumbir.
Tenho que olhar um jardim,
apreciar a rosa, o jasmim,
viver um amor sem fim,
arrancar essa dor de mim.