A BANDEIRA DO DESTINO
Vi a estrada à minha frente,
Infinita, incógnita, inquieta.
Meus passos eram cadentes,
Meus olhos eram distantes,
Nenhum sorriso entre os dentes,
(Não sorriem os retirantes!).
Água, só na lembrança.
Trégua, só da vingança.
Mágoa como herança.
No matulão a esperança:
Dos tempos de criança,
O sorriso prolongado
Das noites de São João
Retornando em verso e prosa.
Lá na frente, uma bandeira:
Vermelha? Do Divino?
Não! Era mesmo a do destino:
Destino que nos espera
E aponta o caminho.
Lembrei do recado antigo:
“Não olhe nunca para trás”.
Deixe pra olhar de frente,
Quando retomar o caminho
Glorioso da volta.