ESPELHO DAS RUAS
E lá estão eles...Deitados, sentados, em trapos.
São trapos da alma, de uma vida esfacelada.
Muitos pensam que são apenas pobres de dinheiro, de casa, de pão.
Mas muitos são pobres de alma, de palácio, de mansão.
Sua pedra de tropeço é pedra de crack.
Muitos queriam que fosse a pedra de Drummond, mas não deu, não foi possível.
Muitos conhecem apenas a rua Barão de Drummond, outros nem isso, pois onde nasceram não havia nome na rua.
Da vida nada esperam, apenas o que tem é gasto nas pedras.
Alguns tiram o que têm em casa, outros tiram dos que vêm de casa.
Sua pedra de tropeço é a pedra de crack.
São farrapos de seda, de linho, puro algodão. Outros são farrapos de segunda mão.
Não importa o social, muito menos o moral. Cantam todos no coral da indignação.
São famílias tão quebradas, em mil pedaços. Umas são comunidades e outras do Paço.
A fumaça sobre ao céu, brilhante espelho. E no chão ficam ao léu, olhos vermelhos.
Sua pedra de tropeço é a pedra de crack.
Tudo pode ser diferente, com toda gente. Melhorar a Educação, tão reticente.
Igualdade para todos, pão e sapato. Sem deixar que a minoria pague o pato.
Egoísmo e ganância, se dissolvendo. No hospital com menos morte, gente nascendo.
A família assistida, com mais valor. E essa pedra se transforma pelo amor.
Sua pedra de tropeço venceu o crack.
Regina Madeira
"imagens do Google"
Obra inspirada em Buscando a mim mesma de Arana do Cerrado.
http://www.recantodasletras.com.br/prosapoetica/4918371
E lá estão eles...Deitados, sentados, em trapos.
São trapos da alma, de uma vida esfacelada.
Muitos pensam que são apenas pobres de dinheiro, de casa, de pão.
Mas muitos são pobres de alma, de palácio, de mansão.
Sua pedra de tropeço é pedra de crack.
Muitos queriam que fosse a pedra de Drummond, mas não deu, não foi possível.
Muitos conhecem apenas a rua Barão de Drummond, outros nem isso, pois onde nasceram não havia nome na rua.
Da vida nada esperam, apenas o que tem é gasto nas pedras.
Alguns tiram o que têm em casa, outros tiram dos que vêm de casa.
Sua pedra de tropeço é a pedra de crack.
São farrapos de seda, de linho, puro algodão. Outros são farrapos de segunda mão.
Não importa o social, muito menos o moral. Cantam todos no coral da indignação.
São famílias tão quebradas, em mil pedaços. Umas são comunidades e outras do Paço.
A fumaça sobre ao céu, brilhante espelho. E no chão ficam ao léu, olhos vermelhos.
Sua pedra de tropeço é a pedra de crack.
Tudo pode ser diferente, com toda gente. Melhorar a Educação, tão reticente.
Igualdade para todos, pão e sapato. Sem deixar que a minoria pague o pato.
Egoísmo e ganância, se dissolvendo. No hospital com menos morte, gente nascendo.
A família assistida, com mais valor. E essa pedra se transforma pelo amor.
Sua pedra de tropeço venceu o crack.
Regina Madeira
"imagens do Google"
Obra inspirada em Buscando a mim mesma de Arana do Cerrado.
http://www.recantodasletras.com.br/prosapoetica/4918371