CHEGAREMOS A TEMPO
Será que chegaremos a tempo de encontrar a esperança?
Tenho medo que as próximas manhãs sejam sem sol,
Mas já me roubaram tantas coisas, não irei me furtar de sonhar.
Em minha imaginação tudo foi perfeito,
Mas das outras vezes também senti o mesmo,
Contudo caí do palco das ilusões por mim criadas.
Maltrataram por fora e mataram por dentro,
E parei de acreditar que as primaveras eram todas iluminadas,
Desisti de encontrar aquilo que espero.
De repente, o medo do transe que senti neste beijo,
De gostar da companhia, da sua mão segurando a minha,
E das arritmias que esse perfume me causa.
Mas será que chegaremos a tempo?
Talvez não por você, mas por mim,
É que toda tarde ainda sinto um aperto em meu peito.
Pode ser que eu esteja me condenando além dos erros,
Como também possa estar na medida certa, mas o que você pensará?
Tenho medo que se rompa a esperança.
Sim, talvez coisas boas ainda possam acontecer, assim como hoje,
E se concordarmos a ponto de virarmos cúmplices,
Sim, acredito que chegaremos a tempo.