Fenômenos Bate-Papistas
Fenômenos Bate-Papistas
Ah...este paraíso de quatorze.
Quinze ou desessete polegadas...
Onde sou o que quiser ser,
Sem ninguém que me endosse
E eu precise...doce.
Sou dócil ou febril...
Sou, se quero, docente,
Se quero, sou dicente.
Querendo, indeciso.
Quero a decência...virtude virtualis.
Liberdade dos asceclas mentais
Em minhas teclas.
Vou me degradando em dados binários.
Viciado...me torno usuário
Do “bytesado” diário,
Orkutando o que é bom,
Ocultando minha mais sincera
Essência de carências...
Vou coca-colando minha liberdade
De escolhas...
Escolhendo ser horrendo ou vil,
Sendo, da rameira, o filho que ela pariu...
Sendo um grosso ou...
De homem, um esboço,
Ou...indo pela banda mais estreita,
Mais difícil de plantar...semear
A paz, o amor e a amizade
Às pessoas cansadas da maldade.
Fenômenos bate-papistas, pessoas...
Auto-riscadas da lista antropológica
Da sociedade sem lógica.
Desgosto...
Pois até na Net o mal se mete?
Não...
O mal está no homem,
No homo-sapiens,
No homo-sapo,
Homo-saco...residual...
E é neste vasto papel de parede,
De descanso de tela...adubada,
Que a poesia desabrocha suas flores
E semina o resgate dos perfumes de sonhar...
Com a proposta da amizade...
Com o amor...
Com a construção de um mundo melhor...
O poetanet...
É aquele que traz a paz
E transforma pixels diagramados
No verde dos gramados,
No colorido das rosas,
No doce das frutas,
No embalo de fazer viajar ao infinito...
Mente e coração,
Razão e emoção...
Dando a mão a quem foge da solidão,
Reconhecendo em cada um um irmão.
...são tantos e diversos,
Acanhados e letrados.
Em branco...são tantos papéis,
Riquezas da Sala “Dez”,
De onde o poeta resgata
A puída poesia e
Devolve a alegria
Que contagia...de com isso mostrar,
Que mais real e virtual que qualquer grosseria,
É possível sim...amar...amar...amar.
(Ao pessoal querido da sala dez - 40 a 50 anos da Uol)