Minha Tarde
À hora de minha tarde
Sou luar em ti.
Correm nos azuis
De teus “olhos-sonhos”
O meu céu...
O meu mar...
O meu pássaro...
Crianças nos avistam
Das janelas coloridas...
Há flores desabrochando
Em corações juvenis:
A adolescência das aventuras
Nas vidas dos jardins.
É hora dos ventos frescos
Sobre as árvores antigas;
Do sentimento doce,
Brando e leve no poente;
Da chegada do viajante
Com saudades contentes.
Aos sonhos dos teus “olhos-anis”
Nossas igrejas
São vistas do mirante...
Num crepúsculo
Anunciam-se.
- Sinos batem!
Fulgem
Do pôr-do-sol
Estrelas sutis...
(Poemas da Juventude – 1982)