Três pedidos ao gênio

Vai que surja um gênio da lâmpada,

para remover esses baços antolhos;

Pediria então, meu primeiro desejo,

Para ver um pouco além do que vejo;

quando ela deixa a sua rotina e voa,

pra considerar meu colo numa boa,

qual chispa aparece em seus olhos...

Todo mundo brinca de faz de contas,

quando é só ao imaginário, que olha;

se acaso pensa, como seria, nós dois,

apenas por curiosidade feminina, pois;

quiçá, minha curiosidade é uma viúva,

dado não estarmos na mesma chuva,

porém, um pouco, sei, ela se molha...

O gênio não seria mesquinho, penso;

então restaria ainda mais dois regalos;

tantas riquezas a pedir e eu, abstrato,

por certo o tal me acharia um chato;

mas, só me interessa manga e pano,

pediria que curasse meu amor insano,

após, desse novas asas ao meu cavalo...