Voo sublime
Quando dos olhos secaram as lágrimas
E os sonhos morreram no pensamento.
Caiu minha face por terra
Chegou a hora do meu julgamento.
Olhos parados, fixos, cegos.
Cessou minha respiração
Inerte, frio, sem vida
Estou esperando a salvação.
Sem forças para levantar
Caído, estirado no chão.
Do infinito ouço o bater de asas
Vindo em minha direção.
Levanta-me! Salva-me!
Tira-me daqui...
Por Deus me ajude!
Devolve a vida pra mim.
Seus olhos brilham
Erguendo-me neste momento.
Meu corpo caído fica
Inerte sem movimento.
Suas mãos me seguram
De uma forma surpreendente.
Num impulso eu também voo
Com um anjo incandescente.
Fez-se sublime
Guiando-me pelo infinito.
Sinto que minha vida recomeça
Pois daqui de cima, tudo é mais bonito.