Voo sublime

Quando dos olhos secaram as lágrimas

E os sonhos morreram no pensamento.

Caiu minha face por terra

Chegou a hora do meu julgamento.

Olhos parados, fixos, cegos.

Cessou minha respiração

Inerte, frio, sem vida

Estou esperando a salvação.

Sem forças para levantar

Caído, estirado no chão.

Do infinito ouço o bater de asas

Vindo em minha direção.

Levanta-me! Salva-me!

Tira-me daqui...

Por Deus me ajude!

Devolve a vida pra mim.

Seus olhos brilham

Erguendo-me neste momento.

Meu corpo caído fica

Inerte sem movimento.

Suas mãos me seguram

De uma forma surpreendente.

Num impulso eu também voo

Com um anjo incandescente.

Fez-se sublime

Guiando-me pelo infinito.

Sinto que minha vida recomeça

Pois daqui de cima, tudo é mais bonito.

Maria Eugenia Santos
Enviado por Maria Eugenia Santos em 07/07/2014
Reeditado em 07/07/2014
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