Caminhos
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A minha perseverança será o motivo do nosso reencontro.
Eu te amei, amo e sempre amarei.
Quando você teve febre, eu te visitei, tocando o teu rosto;
eu te encontrei no passado, nós nos amamos no presente...
E o futuro cuidará da nossa reaproximação, tenho certeza!
Quando você foi agredida, foi nos meus braços que se levantou.
Lembro-me muito bem do que disse:
‘Levante-se, erga a cabeça e prossiga...
Saia desse quarto e se olhe no espelho – Você é linda!
Fixe o olhar nos olhos dos teus pais e grite:
Pai, estou bem! Mãe, sou maravilhosa!’
Ficarão as marcas, mas a mulher está fortalecida.
Os pontos deixados pela faca não serão cicatrizes, apenas.
Teus braços, agora marcados pela lâmina da covardia,
serão testemunhas da mulher guerreira que você é;
serão pontes por onde surgirão a felicidade e o amor.
Quem tem o dom de perdoar,
entende a dimensão do sublime que existe no humano,
percebe o encanto singular das lágrimas verdadeiras,
o real significado de esperar, continuar, sofrer e chorar...
Até o instante da colheita,
quando a perseverança justifique,
finalmente,
o inexprimível toque dos nossos fervorosos lábios,
no instante do reencontro.
Iguatu-CE, 4 de julho de 2014.
02h12min
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