SONO SOLTO
Meu sono é solto saiu da prisão
De sonhos que o prenderam
Sem me darem uma satisfação
Fui acusado assim temeram
Os que não me acharam sério
Blasfémia jogo dum império
Perdido no mar das ilusões
Produto de muitas confusões
Sono que foi e não mais voltou
Foi sonho que se esfumou
No nevoeiro da noite nascida
Dum sol que perdeu a disputa
Com a lua que surgiu no céu
Como por milagre ou magia
E se entregou despida e nua
No leito pecado que é o meu
Sono que aconteceu e acabou
E me deixou sem dó e piedade
Foi repousar em falso regaço
De fingida mulher eternidade
Que me lançou maldito laço
E me prendeu de pés e braços
Aos ferros da minha bela cama
Onde me deito só sem abraços
Ruy Serrano - 04.07.2014, às 00:25 H