ATEMPORAL
Na ampulheta atemporal dos sonhos
Pelos toques de mágicas sinestesias
No aguardo ébrio do eloqüente sussurro
Espero-te.
Vagando em noites e madrugadas silentes
Em résteas de luzes que namoram cortinas
Nos bosques amantes das quatro estações
Procuro-te.
Na esperança de saciar esta indócil sede
No afã de expurgar desejos imensuráveis
Ainda que apenas em intangíveis viveres
Amo-te!