Manual de Proa
Fácil falar de dor, ou quem aqui já não viu do sangue a própria cor?
Fácil falar de sofrimento, alguém aqui é forte o suficiente para nunca a este ter se rendido?
Não, não somos afortunados como nas histórias de príncipes e princesas, reis e rainhas...
Não, não somos como super-heróis de quadrinhos fazendo sempre a coisa certa para salvar o dia...
Mas há coragem em nossas almas e ainda que uma frágil e perdida esperança, em algum lugar dentro de cada um, ainda que subjugada ela pode vencer...
Enquanto existir nenhuma doença ou ferimento será mais forte que a cura, nenhum fraco se submeterá a qualquer opressão que seja, mesmo sendo a si próprio a doença ou seu próprio algoz...
A derrota só nomeia aqueles que a aceitaram como alternativa...
“Pode ser que perca muitas vezes até ser digno da vitória”...
Não se deixe abater, por quem discorda, pelos que torcem contra...
Ainda que este seja o caminho certo, algumas vezes você caminhará solitário e a força terá que vi de dentro para que você prossiga...
O tamanho das velas do barco da vida é relativo à determinação, a direção em que irá será guiada pelos teus sonhos norteando a bússola chamada coração...
Encontrará pelo caminho alguns dispostos a ajudá-lo, outros tentarão afundá-lo...
Alguns dias são ensolarados de vento de proa, outros são tempestuosos, de ventos perigosos...
Mas ajustando as velas corretamente todos eles o levarão adiante no mar da vida...
Alguns dias; ficará a deriva, será testada então sua resistência...
Lembre-se que nenhuma situação é permanente, nem vento forte, nem vento fraco, nem vento algum...
Aceite que não pode guiar este barco sozinho, mas dependa o mínimo que puder para se decepcionar menos e se esforçar mais, responsabilizar a si mesmo pelos erros cometidos, ou mesmo aqueles nos quais ajudou ou foi ajudado a cometer...
Entenda que não há culpados ou inocentes, apenas aqueles que guiam ou se deixam guiar...
E que se você não estiver no comando do barco de sua vida, certamente não irá gostar do destino, mas não terá direito de reclamar uma vez que foi você mesmo quem abandonou o próprio leme...
Mesmo assim...
Se estiver onde não quer estar tudo bem, não importa, sempre é tempo de navegar...
Vamos lá pegue o que precise e alguma coisa que flutue, volte para o mar, volte a navegar!