MINHA PRISÃO PELAS LIBERDADES

Não te chamo pelo nome, sobrenome ou codinome

Quero que tenhas paz em sua morte

E não sejas citada em vão

Pela intransigência dos teimosos

Seria demasiada insensibilidade

À mera permissividade de associá-la a mim

Pois não me recordo de uma única vez

Em que o amor nos livrou de ferir

Ou de sermos feridos por quem amamos

E é também por isso que não quero cometer os erros

Dos desconscientizados que nos trouxeram até aqui

Pois se concebermos outro ser humano

Para esse mundo doente e deturpado

Será a prova irrefutável da nossa desumanidade

Pois não há nada nesse ambiente hostil

Que possa conservar a pureza e a sensibilidade

Por isso estou me aprisionando em palavras

Ao mesmo tempo em que libertarei

Aqueles que nunca poderão lê-las

Site Franklin Mano
Enviado por Site Franklin Mano em 16/05/2014
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