FLOR DO CAMPO
FLOR DO CAMPO
Sou simples como a flor do campo
Lírio branco que no peito estampo
O vento sopra e seus aromas espargem
Levados pela brisas em doce miragem.
Sou filho da ilusao e da quimera,
Não sei se nasci hoje ou em outra era,
Assim, na simplicidade vou vivendo
Vivend a vida sem espalhar veneno.
Na infância corria por campos imensos
Da esperança, do amor e dos incensos
Que exalavam do meu corpo puro
E fui crescendo sem um coração impuro.
Na mocidade o amor foi aumentando
Com alegria, mas também chorando
Um choro suave mas um choro ardido
Do sal das lágrimas de um querer perdido.
Amadureci, porém sempre ficando
A vida inglória sempre olhando
Com a simplicidade do esplendor dos anos
Quando achava belo todos os desenganos.
Hoje já velho, um soluçar fremente
Me sai do peito que é de Deus temente,
Mas a simplicidade continua forte
Porque futilidades para mim é morte.