FLOR DO CAMPO

FLOR DO CAMPO

Sou simples como a flor do campo

Lírio branco que no peito estampo

O vento sopra e seus aromas espargem

Levados pela brisas em doce miragem.

Sou filho da ilusao e da quimera,

Não sei se nasci hoje ou em outra era,

Assim, na simplicidade vou vivendo

Vivend a vida sem espalhar veneno.

Na infância corria por campos imensos

Da esperança, do amor e dos incensos

Que exalavam do meu corpo puro

E fui crescendo sem um coração impuro.

Na mocidade o amor foi aumentando

Com alegria, mas também chorando

Um choro suave mas um choro ardido

Do sal das lágrimas de um querer perdido.

Amadureci, porém sempre ficando

A vida inglória sempre olhando

Com a simplicidade do esplendor dos anos

Quando achava belo todos os desenganos.

Hoje já velho, um soluçar fremente

Me sai do peito que é de Deus temente,

Mas a simplicidade continua forte

Porque futilidades para mim é morte.

Antonio Tavares de Lima
Enviado por Antonio Tavares de Lima em 03/05/2014
Código do texto: T4793105
Classificação de conteúdo: seguro