SONHO
Nado na intersecção dos momentos
Na clausura desse anonimato
Da distância observo o teu vôo solo
Sentindo-me fazer parte de tuas asas
Emergindo no mar de teu céu
Submergindo no calor de teu ninho
Minhas braçadas acompanham o teu voar
E prendo o fôlego quando me sai da visão
De meu plano de visão decifro teus planos
E as ondas atingem-me quando me afligem
Então saio na praia que serpenteia o meu mar
E de repente sinto-me um peixe fora d’água
Olho para cima e vejo-a em um vôo descendente
E apaixona-me teu voraz semblante de águia
Então acordo desesperadamente desejando
Ser teu homem transformando-me em tua presa
Pelas garras afiadas de ti minha voluptuosa mulher
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