NASCER DE NOVO
“Às tróicas contemporâneas”
Há por aí ideias tresmalhadas
De quem tem o poder de decisão
Agravando a descrença da Nação
Nas políticas ora projectadas.
Nicodemos, Zaqueu e Arimateia,
Político, fiscal e empresário,
Nunca se colocaram ao contrário
Para gerirem bem a sua aldeia.
A tróica de Ramala, com certeza,
Apesar das ideias divergentes
Congregou hora a hora as suas gentes
Fazendo com tão pouco mor riqueza.
O saber, a intuição, o empreendimento,
Em colectiva causa de harmonia,
Fizeram do bem público energia
Com bom proveito e desenvolvimento.
Não foi o Nazareno que os formou
Nem lições qu´ aprenderam de assentada
Foi, sim, o sonho de terra libertada
Na vida que a experiência revelou.
Morreu Cristo ficando ali somente
A ideia de um projecto para o Povo
Que apenas procurou nascer de novo
Em aura de mãos dadas permanente.
Nascer de novo, e sempre renascer,
Colher denários para os semear,
Foi esta a fiel receita a partilhar
Num grémio que se fez desenvolver.
A aposta nesta “tróica” vencedora,
Conseguiu instalar o Cristianismo
Varrendo para sempre o barbarismo,
E sendo, desta feita, promissora…
A fábula revelou-se no oriente
E vinte séculos se ultrapassaram
Mas as lições da história cá ficaram
Pra Tróica de hoje se tornar coerente!
Frassino Machado
In MUSA VIAJANTE