Morri e renasci várias vezes...
No meu peito entraram as farpas do fim...
Um impulso as expulsaram e eu renasci de mim!
O chão se abriu e me levou para o profundo...
Uma força interior me trouxe de volta para o mundo!
O mar da desilusão corrompeu toda resistência...
Fui salva por uma luz que resplandeceu da minha essência!
O olho maligno roubou toda minha expressão...
A garra da misericórdia me puxou do vazio da escuridão!
Morri e renasci várias vezes...
O espectro da maldade me abraçou com violência...
Porém ele me liberou quando percebeu a minha incandescência!
A morte entoou uma música fúnebre sobre o meu corpo quente...
E todo aquele gelo foi dissolvido pela força da minha mente!
Na primavera o vento chegou e levou todas as minhas flores...
A minha alma florida se zangou; dela caiu sementes de várias cores!
A solidão traiçoeira me cobriu com a areia fina do deserto
Com as mãos da fé abri um novo acesso e me lancei no céu aberto!
Morri e renasci várias vezes...
Sou a natureza que nasce e que morre...
Num dia sou glória; noutro sou lágrima que escorre!
Sempre existirão aqueles que irão sentenciar o meu fim...
Olvidam que sou como a Fênix;
renasço das cinzas que sobram de mim!
renasço das cinzas que sobram de mim!
Janete Sales Dany
Obra protegida
Poesia Registrada na Biblioteca NacionalObra protegida