Beco dos solitários
 
 
Congele minhas mãos como gélido frio do ártico
Abandone meu corpo como em sepulcro
Esqueça-me com amnésia profunda,
Mas no dia em que despertar sem mais quem
Pode voltar sedento e sonde-me,
Quem sabe não estarei tal qual me disse.
Vá por um caminho com reviravoltas
E quando chegar ao beco dos solitários procure-me.
Pode ser que eu lá me encontre também
E ali mesmo, nas paredes sujas pelos pichadores, quem sabe flores...
 
(E... em um circundar da vida, nova mescla de nós, um florescer ao acaso)
 
 
 
Texto extraído do livro “Você, meu Porto Seguro” de Teresa Azevedo
Foto extraída do link http://catracalivre.com.br/sp/ar-livre/gratis/travessa-na-zona-oeste-ganha-grafitagem-e-revitalizacao-artistica/
Teresa Azevedo
Enviado por Teresa Azevedo em 18/03/2014
Reeditado em 03/05/2014
Código do texto: T4733366
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