Espera
Oh! Luz da madrugada!
Tão serena...Tão amarga!
Clareira na escuridão
Contrapõe em agonia
Um sofrido coração.
Neblina que cobre a dor
Contemporiza esse pavor
Acalma essa chama em labor
A queimar provocando ardor
Soluço engasgado reprimido
Sufoca esmagando peito partido
Valente feroz animal destemido
Em jaula enquadrado sangra ferido
Anseia que haja ouvir seu gemido
De silêncio solidão abandono estampido
Em mágoa decepção severamente punido
Buscando a seu modo o brilho perdido
Ei! Luz que ilumina este sentido
Desperta em coragem querer repentino
Alegra-te e faça alegrar o ser de teu destino
Olhar de encontro olhos da alma abraço indefinido