CIDADE DOS TEMPORAIS

Meu coração é uma cidade

Onde às vezes a calma impera

Mas sabe enfrentar procelas

Do seu jeito natural!

Coração apaixonado

Rebelde, descompensado

Vivendo a vida com gôsto

Emoções como alegrias

Ou tempestades de ventos

Chuva fina, mês de agôsto!

Quantas vezes foi salva-vidas

Nadando em mar salgado

Buscando a alma ferida

Depois do pranto chorado

Que quase afoga uma vida!

Quantas vezes foi fechado

Ficando triste, isolado

Curtindo luto pesado

Cidade morta, às escuras

Luzes e postes queimados!

Tempestade consumada

O sol já volta a brilhar

São gerâneos nas janelas

São casas iluminadas

Sonhos novos para sonhar!

Cidade dos temporais

Vento, chuva, raio, trovão

Um mar encapelado

Que muitas vezes foi domado

Pelo amor feito ternura...

É pela paz, pela doçura

Que renasce um coração!