Quimeras

O sonho veste minha alma de esperanças

E me leva de visita aos coliseus da vida futura,

São átimos eloquentes que não perduram,

É que perante o porvir não existem lembranças!

Percebo-me afluente de uma inconsciente nudez

Que me despe dos trapos que a existência tricotou,

Há uma vergonha onírica de intenso dissabor

Que me deixa mendigo diante do devaneio que se desfez...

Caminho desnudo sobre pensamentos embriagados

Que o vinho da fantasia espalha por todos os lados

E curte de mim gestos e palavras perdidas e desconexas...

Encontro pelas estradas pedaços que são molambos

E com retalhos de alegorias cubro meus desenganos

Para outra vez adormecer em busca de douradas quimeras!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 21/02/2014
Código do texto: T4700876
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.