Gotas e pétalas

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Gotas e pétalas

O meu sangue derramado

colore a tua pétala, sei.

Dos meus lábios

escorrem gotas da dor que ousei.

Tenho ranhuras;

e meu humilhado corpo,

que te pertenceu,

hoje clama por justiça.

Tenho os joelhos à flor da pele...

Mas a flor que fui,

a pele que tocaste

e tudo o mais de mim, acredite,

não terás novamente, jamais!

Rasgaste meus joelhos e pele com alma.

Desarrumaste meus cabelos;

atingiste, em cheio, minh’alma.

Vês a cor da minha desilusão?

Percebes a sutileza da destruição?

Não me refiro à matéria, não!

Refiro-me ao carma que geraste...

Covarde! Insensível, desumano.

Desejo o teu perdão, por ele clamo,

pois que a vida, ao me revelar a dor,

ensinou-me que no perdão não há rancor.

Nijair

Iguatu-CE, 19 de fevereiro de 2014.

15h10min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 19/02/2014
Reeditado em 28/02/2015
Código do texto: T4697896
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