LÁGRIMAS QUE CAEM

Tem tudo exatamente planejado para ser

Tal qual já existiu no passado

Como fosse a última gota d’água

Despencando da cachoeira

De lágrimas que caem

Perdidamente olhando as estrelas

Que brilham mais uma vez.

Olho aquele sorriso

Estampado no rosto

Que me olha longamente

Como eu fosse uma estátua

Parada no canto da praça

Cheia de flores, árvores.

Eu sendo também um vento belo que sopra os cabelos

De alguém que já não tem

Tanto orgulho de ser o que ora é.

Mas quase tudo está planejado

E eu tenho que vir a ser

O que não fui e nem sou

Nesse mundo cheio de palavras

Malucas quase sem nexo,

Porém, cheias de dotes.

Os capotes em frases curtas e longas

Como a vida deve ser em dias ensolarados

Ou mesmo no amanhecer.

Aires José Pereira é mineiro de Salinas, poeta por gosto e por pirraça que acredita nas palavras transformadoras de homens e de espaços. Possui 12 livros editados e vários artigos publicados em eventos científicos e Revistas de Geografia. É licenciado e Especializado em Geografia pela UFMT, Mestre em Planejamento Urbano pela FAU-UnB, Doutor em Geografia Urbana pela UFU. É Prof. Adjunto do colegiado de Geografia do Campus Universitário de Araguaína - UFT; Membro efetivo da Academia de Letras de Araguaína e Norte Tocantinense; Pesquisador do NURBA e coautor do Hino Oficial de Rondonópolis - MT

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 07/02/2014
Reeditado em 26/12/2014
Código do texto: T4681978
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